Quando um paciente chega ao meu consultório relatando que sentiu um estalo no joelho durante uma atividade física, já consigo antecipar o diagnóstico.
Em minha experiência de anos tratando lesões ortopédicas em Goiânia, posso afirmar que saber o que fazer quando rompe o ligamento do joelho pode fazer toda a diferença entre uma recuperação bem-sucedida e complicações desnecessárias.
O rompimento dos ligamentos do joelho, em particular o ligamento cruzado anterior (LCA), representa uma das lesões mais impactantes que encontro em minha prática clínica.
Estudos brasileiros mostram que o LCA é responsável por 80,5% das lesões multiligamentares do joelho, enquanto pesquisas internacionais indicam uma incidência de 0,35 lesões por habitante anualmente nos Estados Unidos.
No Brasil, especificamente no futebol profissional, a taxa é de 0,414 lesões por 1.000 horas de jogo.
Para esclarecer todas as suas dúvidas sobre o que fazer quando rompe o ligamento do joelho, te convido a continuar a leitura e entender tudo em detalhes!
Reconhecendo os primeiros sinais da lesão
Durante meus atendimentos, observo que muitos pacientes chegam confusos sobre os sintomas que experimentaram.
O rompimento do ligamento do joelho geralmente se manifesta através de sinais bem característicos que todo atleta e pessoa ativa deveria conhecer:
- O primeiro e mais marcante sinal é o “estalo” audível no momento da lesão.
- Logo após, surge um inchaço significativo – tecnicamente chamado de hemartrose – que pode acumular até 100mL de líquido no joelho, quando normalmente temos apenas 8mL.
- A dor intensa é outro sintoma, acompanhada por uma sensação de instabilidade.
O que fazer quando rompe o ligamento do joelho: primeiros socorros
Quando me perguntam sobre o que fazer imediatamente após suspeitar de uma ruptura ligamentar, sempre enfatizo a importância dos primeiros cuidados, onde pacientes que seguem corretamente o protocolo inicial têm melhor evolução.
- O primeiro passo é procurar atendimento médico de urgência imediatamente. Mesmo que a dor diminua após algumas horas, a avaliação especializada é fundamental para descartar fraturas e outras lesões associadas.
- Enquanto aguarda atendimento, a aplicação de gelo é essencial. Recomendo sessões de 15-20 minutos a cada 2 horas nas primeiras 48 horas.
- A elevação do membro e a imobilização temporária também ajudam a controlar o inchaço e a dor.
Diagnóstico preciso: além do exame clínico
Em meu consultório, utilizo uma combinação de testes físicos específicos e exames de imagem para confirmar o diagnóstico.
O exame clínico continua sendo fundamental, pois conseguimos identificar a instabilidade ligamentar através de manobras específicas como o teste de Lachman e gaveta anterior.
Contudo, a ressonância magnética tornou-se indispensável para avaliar não apenas o ligamento rompido, mas também estruturas associadas.
Baseado em minha experiência, cerca de 55% dos casos apresentam lesões meniscais concomitantes, informação crucial para o planejamento cirúrgico.
Tratamento conservador: quando é possível
Uma pergunta frequente que recebo é se sempre é necessário operar quando rompe o ligamento do joelho. A resposta depende de múltiplos fatores que avalio individualmente em cada paciente.
Para pacientes sedentários ou com atividades que não envolvem pivoteamento e mudanças bruscas de direção, o tratamento conservador pode ser uma opção viável.
Cerca de 30% dos meus pacientes conseguem retornar às atividades básicas sem cirurgia, desde que sigam rigorosamente o programa de fisioterapia.
O tratamento não cirúrgico baseia-se no fortalecimento muscular compensatório, principalmente do quadríceps e músculos posteriores da coxa.
Estudos brasileiros confirmam que a fisioterapia bem orientada pode restaurar a função em pacientes selecionados, embora sempre com limitações para atividades esportivas de alto impacto.
Tratamento cirúrgico: a reconstrução moderna
Para atletas e pessoas ativas, especialmente aqueles que praticam esportes com pivoteamento, a cirurgia de reconstrução é frequentemente necessária.
Utilizo técnicas artroscópicas minimamente invasivas que permitem recuperação mais rápida e menor trauma cirúrgico.
A escolha do enxerto é fundamental. Baseando-me em estudos científicos e minha experiência clínica, utilizo preferencialmente o terço médio do tendão patelar ou os tendões flexores (semitendinoso e grácil), dependendo das características específicas de cada paciente.
Dados preocupantes mostram que cerca de 10% dos jovens menores de 25 anos podem ter nova lesão após a reconstrução. Por isso, enfatizo fortemente a importância da reabilitação adequada e do retorno gradual às atividades.
O processo de reabilitação: paciência e dedicação
Meus pacientes me perguntam quando poderão voltar ao esporte. A resposta sempre envolve expectativas realistas: o processo de reabilitação leva em média 6 meses para esportes sem contato e até 12 meses para modalidades com contato físico.
A reabilitação segue fases bem definidas: a fase inicial foca no controle da dor e inchaço, progredindo gradualmente para o fortalecimento e, finalmente, para exercícios funcionais específicos do esporte.
Estudos brasileiros mostram que pacientes que seguem protocolos de reabilitação acelerada têm melhores resultados funcionais, mas sempre sob supervisão profissional adequada.
Complicações e cuidados especiais quando rompe o ligamento do joelho
Algumas complicações podem surgir se o tratamento não for adequado. A mais comum é o desenvolvimento de instabilidade crônica, que pode levar a lesões meniscais e cartilaginosas secundárias.
Dados epidemiológicos brasileiros mostram que 52,4% dos pacientes com lesões multiligamentares ficam afastados do trabalho, mostrando o impacto socioeconômico significativo dessas lesões.
A prevenção de nova lesão é uma preocupação constante. Fatores de risco incluem idade jovem, alto nível de atividade física e retorno precoce ao esporte.
Por isso, sempre reforço a importância da preparação física adequada e do fortalecimento preventivo.
Conclusão
Saber o que fazer quando rompe o ligamento do joelho pode determinar o sucesso do tratamento e a qualidade de vida futura do paciente.
Ao longo de minha carreira atendendo pacientes em Goiânia, posso dizer que cada caso é único, mas os princípios fundamentais permanecem: busca de atendimento médico imediato, diagnóstico preciso, tratamento adequado e reabilitação comprometida.
A evolução das técnicas cirúrgicas e dos protocolos de reabilitação tem permitido que mais de 85% dos pacientes retornem satisfatoriamente às suas atividades.
O sucesso do tratamento depende fundamentalmente da parceria entre médico e paciente, baseada em confiança mútua e expectativas realistas.
Você suspeita que pode ter rompido o ligamento do joelho? Não deixe a dor e a incerteza prolongarem seu sofrimento.
Como ortopedista especialista em lesões do joelho, estou aqui para oferecer o diagnóstico preciso e o tratamento mais adequado para seu caso.
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