A instabilidade patelar é uma condição que afeta a movimentação adequada da patela no joelho. Ela pode causar dor, desconforto e até episódios recorrentes de luxação.
É normal um paciente chegar ao consultório perguntando: Dr. Ulbiramar, instabilidade patelar tem cura?
Com diagnóstico preciso e tratamento direcionado, é possível alcançar melhora significativa e, em muitos casos, controlar totalmente os sintomas.
O que é instabilidade patelar
Ocorre quando a patela sai parcial ou totalmente do seu alinhamento normal na tróclea femoral. Esse deslocamento pode ser leve, conhecido como subluxação, ou completo, caracterizando luxação.
A instabilidade costuma ser consequência de alterações anatômicas, desequilíbrios musculares ou lesões ligamentares.
Principais causas
Vários fatores podem contribuir para a instabilidade patelar:
- Patela alta.
- Tróclea rasa ou displásica.
- Desbalanço muscular.
- Excesso de rotação da tíbia ou fêmur.
- Joelho valgo.
- Lesões do ligamento patelofemoral medial.
- Frouxidão ligamentar.
Sintomas mais comuns
Entre os sintomas, destacam-se:
- Dor na parte anterior do joelho.
- Sensação de que ele vai “sair do lugar”.
- Inchaço após esforço.
- Estalos.
- Perda de confiança para realizar movimentos como correr, pular ou subir escadas.
Diagnóstico
Na consulta, o médico faz um exame clínico completo, além de buscar entender melhor os sintomas.
Geralmente, solicita raio-X, tomografia ou ressonância magnética para chegar a um diagnóstico mais preciso.
Esses recursos permitem identificar alterações como displasia troclear, patela alta, desalinhamentos e possíveis lesões nos ligamentos.
Instabilidade patelar tem cura?
Sim, a instabilidade patelar tem cura. Com o avanço das técnicas ortopédicas, os pacientes se beneficiam dos melhores resultados.
O tratamento conservador é altamente eficaz no início dos sintomas, já as intervenções cirúrgicas alcançam taxas de sucesso superior a 80% nos casos recorrentes.
Isso mostra a importância do diagnóstico precoce, e com a escolha da abordagem correta, é possível evitar complicações mais sérias, como a artrose.
Tratamentos disponíveis
O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico, dependendo da gravidade e da causa da instabilidade.
Tratamento conservador
- Fisioterapia para fortalecimento do quadríceps e glúteos.
- Treino de propriocepção.
- Uso de joelheiras estabilizadoras.
- Controle da dor com anti-inflamatórios ou infiltrações.
Tratamento cirúrgico
Indicado quando há luxações recorrentes ou alterações anatômicas importantes. Entre as técnicas utilizadas, destaco:
- Reconstrução do ligamento patelofemoral medial.
- Osteotomias para realinhamento ósseo.
- Trocleoplastia em casos de tróclea rasa.
Recuperação e retorno às atividades
O tempo de recuperação varia conforme o tratamento realizado.
No pós-operatório, pode ser necessário o uso de muletas por algumas semanas, seguido de reabilitação para restaurar força e mobilidade.
O retorno pleno ao esporte geralmente ocorre entre três e seis meses.
Medidas preventivas
Oriento meus pacientes a adotar as seguintes práticas:
- Praticar atividades de baixo impacto como ciclismo.
- Fortalecimento constante de quadríceps e glúteo médio.
- Evitar movimentos bruscos de torção.
- Utilizar calçados adequados.
FAQs
Instabilidade patelar pode voltar depois do tratamento?
Se o tratamento não corrigir a causa principal, existe risco de recorrência. A reabilitação adequada é fundamental para evitar novos episódios.
Toda instabilidade patelar precisa de cirurgia?
Não. Muitos casos leves respondem bem à fisioterapia e ao fortalecimento muscular, sem necessidade de procedimento cirúrgico.
Quanto tempo leva para voltar a treinar após a cirurgia?
O retorno ao treino varia de três a seis meses, conforme o tipo de cirurgia e a resposta individual à fisioterapia.
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