A condromalácia patelar grau 2 é caracterizada por descamações superficiais na cartilagem da patela, que adquire um aspecto mais áspero.
Embora não haja exposição óssea, essa fase já indica desgaste e exige tratamento para evitar a progressão do problema e preservar a função do joelho.
O que é a condromalácia patelar grau 2
Nesse estágio, a cartilagem apresenta pequenas alterações estruturais, como fibrilações e aspereza na superfície.
No grau 2, a lesão compromete menos de 50% da espessura da cartilagem da patela, cujas lesões costumam ter até 1,3 cm de diâmetro e permanecem pequenas e localizadas.
Do ponto de vista técnico, trata-se de fissuras superficiais que não atravessam toda a espessura do tecido.
Diferente do grau 1, onde existe apenas amolecimento, aqui já há danos estruturais visíveis, detectados por exames como a ressonância magnética.
Principais causas
A condromalácia patelar grau 2 pode estar relacionada a:
- Fatores anatômicos.
- Desequilíbrios musculares.
- Traumas diretos.
- Sobrecarga por atividades repetitivas.
- Excesso de peso.
Alterações no alinhamento do joelho e falta de fortalecimento muscular também aumentam o risco de evolução da doença.
Sintomas mais comuns
Com a evolução para o grau 2, os sintomas tendem a ser mais intensos e frequentes:
- Dor na parte frontal do joelho, que piora com esforço.
- Estalos ou sensação de areia ao movimentar a articulação.
- Desconforto ao subir ou descer escadas.
- Dor ao permanecer sentado por longos períodos.
Tratamento recomendado
O tratamento da condromalácia patelar grau 2 costuma ter bons resultados com medidas não cirúrgicas, desde que aplicadas de forma correta.
- Fisioterapia: exercícios direcionados para fortalecer quadríceps, glúteos e músculos posteriores da coxa.
- Reeducação postural: correção de movimentos que sobrecarregam a articulação.
- Controle de carga: ajustes nas atividades físicas para reduzir impacto.
- Alongamento: melhora da flexibilidade para evitar tensão excessiva.
Exercícios indicados
- Elevação de perna com isometria: levantar a perna estendida e manter alguns segundos antes de retornar.
- Extensão com apoio em 30 graus: fortalecer o vasto medial com controle de movimento.
- Agachamento parcial na parede: até 45-60 graus, sempre mantendo o alinhamento.
Exercícios para quadril e atividades aeróbicas leves complementam o trabalho.
Prognóstico
Quando o tratamento é iniciado cedo e seguido com disciplina, a maioria dos pacientes melhora consideravelmente. O foco é estabilizar o quadro, aliviar a dor e manter a função do joelho.
Melhoras costumam aparecer em poucas semanas de fisioterapia. Cirurgia só é considerada quando o tratamento conservador não traz resultados satisfatórios após vários meses.
Prevenção e cuidados contínuos
Algumas medidas ajudam a prevenir o avanço da condromalácia, como:
- Manter o fortalecimento muscular.
- Evitar sobrepeso.
- Escolher calçados adequados.
- Respeitar os períodos de descanso.
Acompanhamento periódico com um ortopedista é essencial para monitorar a evolução e ajustar o tratamento.
Caso você tenha sofrido com dores persistentes no joelho, agende sua consulta para poder avaliar melhor seu caso e pensarmos no tratamento mais apropriado.
FAQs
Condromalácia patelar grau 2 precisa de cirurgia?
Na maioria dos casos, não. O tratamento conservador costuma trazer bons resultados e evita a necessidade de intervenção cirúrgica.
Posso fazer exercícios com condromalácia patelar grau 2?
Sim, desde que adaptados e supervisionados. Exercícios de baixo impacto e fortalecimento são indicados para preservar a função do joelho.
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