O cisto no joelho é uma espécie de bolsa que se forma na articulação, contendo líquido ou um material mais espesso.
Nem sempre o cisto no joelho dói, porém, pode dificultar a movimentação e provocar incômodo.
Saber diagnosticar os tipos de cisto no joelho permite determinar a abordagem mais adequada para cada caso.
Principais tipos de cisto no joelho
Os cistos no joelho variam de acordo com sua localização, origem e conteúdo. Entre os mais comuns, destacam-se:
- Cisto de Baker: representa o tipo mais comum entre os cistos do joelho, sendo identificado em aproximadamente 40% dos exames de ressonância magnética, localizado na parte posterior do joelho.
- Cisto meniscal: surge quando há lesão no menisco, permitindo o extravasamento do líquido sinovial para a borda da articulação.
- Cisto ganglionar: massas cheias de líquido que se formam ao longo dos tendões ou cápsulas articulares, podendo aparecer na frente ou atrás do joelho.
- Cisto sinovial: formado por líquido sinovial, geralmente ligado a processos inflamatórios crônicos.
- Cistos intraósseos: menos comuns, aparecem dentro do osso e podem estar relacionados a tumores benignos ou agressivos.
Sintomas mais frequentes
Muitos cistos são assintomáticos e descobertos por acaso em exames de imagem. Quando há sintomas, podem incluir:
- Inchaço localizado ou abaulamento visível;
- Dor ao movimentar ou apoiar o peso no joelho;
- Sensação de pressão ou travamento articular;
- Redução da amplitude de movimento;
- Em casos raros, sinais semelhantes à trombose quando o cisto rompe.
Fatores de risco
Certos fatores aumentam a probabilidade de desenvolver cistos no joelho, como:
- Doenças articulares (artrite reumatoide, osteoartrite, gota).
- Histórico de lesões.
- Idade avançada.
- Prática de atividades que sobrecarregam o joelho.
- Inflamações persistentes.
Como é feito o diagnóstico
O ortopedista avalia o joelho com atenção, verificando sinais que indiquem a presença do cisto.
Se precisar confirmar o tipo, pede exames de imagem, como ultrassonografia ou ressonância magnética..
Opções de tratamento
A conduta depende do tipo de cisto, dos sintomas e de causas associadas. Entre as opções estão:
- Repouso e fisioterapia para reduzir dor e melhorar a função;
- Uso de analgésicos ou anti-inflamatórios;
- Compressas frias para alívio do inchaço;
- Punção ou infiltração com corticosteroides ou ácido hialurônico;
- Cirurgia, geralmente por artroscopia, nos casos grandes ou resistentes ao tratamento conservador.
Cirurgia
Reservada para casos específicos com falha do tratamento conservador, sintomas limitantes ou complicações.
A abordagem cirúrgica deve sempre priorizar o tratamento da condição subjacente responsável pela formação do cisto.
Critérios de suspeita de malignidade
Embora a grande maioria dos cistos seja benigna, existem critérios específicos que devem alertar para possível natureza maligna:
- Sinais de invasão tecidual.
- Sintomas desproporcionais ao tamanho do cisto.
- Ausência de lesão articular que justifique a formação.
- Localização anatômica atípica.
- Presença de erosão óssea.
- Dimensões superiores a 5cm.
Caso você desconfie da presença de um cisto no joelho, marque sua consulta para poder avaliar com mais cuidado seu caso.
FAQs
Todo cisto no joelho precisa de cirurgia?
Não. Muitos casos são tratados de forma conservadora, especialmente quando não há sintomas relevantes.
O cisto de Baker pode voltar após tratamento?
Sim, principalmente se a causa de origem, como inflamação ou lesão meniscal, não for tratada adequadamente.
Cisto no joelho pode causar trombose?
Não há relação direta, mas um cisto rompido pode provocar sintomas semelhantes aos da trombose venosa profunda.
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