O tema células-tronco no joelho ganhou espaço e muitas promessas.
O interesse cresce tanto entre pacientes quanto profissionais da saúde. O foco está no cuidado de artrose, lesões de cartilagem e outras doenças degenerativas das articulações.
Mesmo assim, é preciso separar marketing de evidência, entender os riscos e limites.
Células-tronco no joelho: como funciona o procedimento
O tratamento com células-tronco no joelho segue etapas bem definidas:
- Coleta. As células vêm do próprio paciente. Na medula óssea, faz-se uma punção na crista ilíaca posterior com anestesia local e apoio do ultrassom. No tecido adiposo, utiliza-se uma minilipo para obter o material.
- Processamento. O material é preparado em laboratório para concentrar e selecionar as células viáveis, mantendo controle rígido de qualidade.
- Aplicação. As células são injetadas dentro da articulação do joelho com guia ultrassonográfico para precisão. Procedimento pouco invasivo, feito em ambiente ambulatorial.
Principais aplicações e indicações
As células-tronco no joelho têm mostrado aplicação em diversas condições ortopédicas:
- Osteoartrite (Artrose).
- Lesões de cartilagem.
- Lesões de ligamentos e tendões.
- Condropatia patelar.
O que a ciência mostra hoje
Estudos controlados ainda não comprovam que células-tronco no joelho regenerem cartilagem em artrose estabelecida.
Alguns pacientes relatam melhora de dor e função por tempo limitado, efeito parecido ao de outras abordagens conservadoras.
Os resultados variam por seleção de pacientes, técnica de coleta, preparo do material e estágio da doença. A ausência de padronização dificulta comparar estudos e prever resposta individual.
Riscos e efeitos colaterais
O procedimento é minimamente invasivo, porém, não é isento de risco. Pode ocorrer dor transitória, inchaço e hematoma no local da coleta ou da aplicação.
Há relatos de infecção quando há falha de assepsia no preparo.
Pessoas com infecção ativa, distúrbios de coagulação ou doenças descompensadas exigem avaliação criteriosa.
Quem pode se beneficiar
Nem todos os pacientes são candidatos ideais para células-tronco no joelho:
- Candidatos ideais: Pessoas com artrose moderada que não responderam bem a medidas conservadoras, sem comorbidades graves e com metas realistas: diminuir dor, recuperar função e adiar cirurgia.
- Quando não indicar: Artrose muito avançada (grau IV), infecção ativa, doença autoimune descompensada, expectativa de “cura milagrosa” ou dificuldade de cumprir o protocolo pós-procedimento.
Cuidados pós-procedimento
- Período imediato. Nas primeiras 12 a 24 horas, mantenha repouso relativo e evite flexão exagerada do joelho. Bandagem compressiva costuma ser indicada.
- Primeiras semanas. Por 2 a 4 semanas, suspenda treinos intensos e impactos. Mobilidade leve pode começar com orientação do médico e do fisioterapeuta.
- Resultados esperados. Sinais iniciais de melhora aparecem entre 4 e 8 semanas. O benefício tende a crescer entre 3 e 6 meses.
- Acompanhamento. Consultas regulares e exames de imagem, como ressonância magnética quando indicado, ajudam a monitorar a resposta.
Ficou com dúvidas ou quer saber se o seu caso se encaixa na terapia com células-tronco? Agende uma avaliação.
FAQs
Células-tronco no joelho regeneram cartilagem?
Os estudos disponíveis não comprovam regeneração consistente da cartilagem em artrose. O principal efeito relatado é alívio de dor em parte dos pacientes.
O tratamento é autorizado para uso rotineiro?
No Brasil, o uso permanece experimental, com necessidade de protocolo aprovado e sem oferta comercial como tratamento estabelecido.
Quais riscos devo considerar?
Dor local, inchaço, hematoma e risco de infecção quando há falhas de técnica. Pessoas com condições clínicas específicas exigem avaliação individual.
Que alternativas existem para adiar cirurgia?
Reabilitação estruturada, perda de peso, viscossuplementação, PRP em casos selecionados, ajustes de carga e educação em dor costumam trazer benefício.
Quando pensar em prótese de joelho?
Quando dor e limitação persistem apesar do tratamento conservador bem conduzido e exames mostram artrose avançada com impacto funcional importante.
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