O PRP no joelho usa plaquetas do próprio paciente para modular a inflamação e apoiar a cicatrização de tecidos.
É uma opção minimamente invasiva que pode reduzir a dor e melhorar a função quando bem indicada e acompanhada por um ortopedista.
O que é PRP no joelho
PRP é a sigla para plasma rico em plaquetas. As plaquetas concentram fatores que participam do reparo tecidual e da analgesia.
No PRP no joelho, esse concentrado autólogo é preparado a partir de uma pequena amostra de sangue e aplicado em estruturas dolorosas do joelho, sempre com técnica estéril e, preferencialmente, orientação por ultrassom.
A decisão deve ser individualizada, com avaliação cuidadosa do histórico, exames e objetivos do paciente.
Como o procedimento é feito
O preparo segue etapas padronizadas para garantir segurança e concentração adequada de plaquetas.
- Coleta de sangue venoso em quantidade pequena, definida pelo protocolo.
- Centrifugação para separar os componentes e concentrar as plaquetas.
- Preparação do material em campo estéril, sem aditivos desnecessários.
- Aplicação do PRP no ponto alvo, com agulha fina e, quando indicado, guia de ultrassom.
- Observação breve após a aplicação e orientações de cuidados em casa.
Geralmente, o atendimento dura em torno de uma hora. Pode ocorrer desconforto passageiro no local, que tende a ceder com medidas simples e ajuste de atividade.
Para quem o PRP é indicado
A indicação depende do quadro clínico, do estágio da doença e dos objetivos do paciente. Situações em que a técnica pode ser considerada:
- Osteoartrite leve a moderada com dor e rigidez persistentes.
- Condropatia patelofemoral e sobrecarga femorotibial iniciais.
- Tendinopatia patelar e quadros por uso excessivo na corrida ou salto.
- Lesões parciais de ligamentos e recuperação após artroscopia, conforme protocolo.
- Dor crônica no joelho com resposta limitada a medidas conservadoras.
O PRP no joelho não substitui a reabilitação bem conduzida. Treino de força, mobilidade e controle de carga seguem centrais para resultado consistente.
Benefícios esperados
Estudos sugerem melhora de dor e função em parte dos pacientes, com potencial de reduzir uso de analgésicos e adiar procedimentos mais invasivos.
A resposta é variável e depende do diagnóstico, do preparo do concentrado e do plano de fisioterapia.
Riscos, efeitos colaterais e segurança
Por ser autólogo, o risco de alergia é baixo. Efeitos esperados incluem dor reativa, inchaço e rigidez nas primeiras 48 a 72 horas.
Complicações como infecção são raras quando há técnica estéril e triagem adequada.
- Contraindicações comuns: infecção ativa, febre, distúrbios graves de coagulação, uso de anticoagulantes sem ajuste médico, doenças sistêmicas descompensadas, neoplasias ativas.
- Cuidados especiais: revisão de medicamentos, hemograma recente, ambiente adequado para preparo e aplicação.
Como se preparar e o que fazer depois
- Antes: confirme com o médico a suspensão de anti-inflamatórios, mantenha boa hidratação, faça refeição leve e chegue com antecedência.
- Depois: gelo por curtos períodos no dia da aplicação, redução de carga por alguns dias, retorno progressivo às atividades e início ou continuidade da fisioterapia.
O PRP no joelho funciona melhor quando inserido em um plano global que inclui fortalecimento, controle de peso e educação em dor.
Número de sessões e expectativas realistas
Protocolos variam de uma a três aplicações com intervalo de duas a seis semanas. A melhora costuma aparecer entre quatro e doze semanas e pode durar alguns meses.
Reavaliações periódicas ajudam a medir o ganho funcional e planejar os próximos passos.
Caso você tenha ficado com alguma dúvida e saber se o PRP se aplica ao seu caso, agende uma consulta para uma avaliação mais detalhada.
FAQs
PRP no joelho regenera cartilagem?
Não há comprovação de reconstrução completa de cartilagem. O objetivo é reduzir dor e melhorar a função dentro de um programa de cuidado.
Quantas sessões de PRP no joelho são necessárias?
Protocolos comuns indicam uma a três aplicações. A decisão considera diagnóstico, resposta clínica e metas do paciente.
PRP no joelho dói?
Pode haver ardor breve na aplicação e dor reativa por até 72 horas. Analgesia simples e ajuste de carga costumam resolver.
Quem não deve fazer PRP no joelho?
Pessoas com infecção ativa, distúrbios de coagulação, câncer ativo ou doenças descompensadas. A triagem médica define a elegibilidade.
PRP no joelho substitui fisioterapia?
Não. O tratamento potencializa os ganhos quando combinado com fortalecimento, mobilidade e educação terapêutica.