Quem tem artrose no joelho precisa ajustar hábitos para controlar a dor e proteger a cartilagem, onde pequenas mudanças evitam crises e mantêm a mobilidade.
A seguir, você verá o que não pode fazer quem tem artrose no joelho e quais trocas simples ajudam no dia a dia.
Por que certos movimentos pioram a dor
A cartilagem do joelho funciona como um amortecedor. Quando a região já está desgastada, pressões repetidas, rotações e impactos aumentam a inflamação e a rigidez.
Portanto, reduzir forças desnecessárias e distribuir melhor o peso preserva estruturas como menisco, ligamentos e cápsula articular.
O que não pode fazer quem tem artrose no joelho
Antes de listar, vale lembrar que o objetivo é poupar a articulação sem cair no sedentarismo. Foque em cortes inteligentes e substituições viáveis.
- Ficar longos períodos em pé ou parado na mesma posição. Faça pausas curtas para sentar ou caminhar leve.
- Agachar ou ajoelhar com frequência. Use bancos baixos ou apoio para tarefas no chão.
- Carregar peso excessivo em sacolas, mochilas e caixas. Divida a carga ou use carrinhos com rodinhas.
- Usar calçados duros ou com salto alto. Prefira solado macio, palmilha anatômica e bom suporte do calcanhar.
- Rotacionar o joelho em movimentos bruscos. Vire o corpo inteiro ao mudar de direção.
- Ignorar a dor e insistir na atividade. Dor persistente pede ajuste imediato e avaliação profissional.
- Adotar um estilo de vida sedentário. Falta de movimento piora lubrificação e força muscular de proteção.
Exercícios que devem ser evitados
Impacto e torque excessivo aceleram o desgaste. Evite as opções abaixo quando a dor aumenta ou quando há instabilidade.
- Corrida em terreno duro, saltos e aulas de jump.
- Agachamento profundo sem controle de carga e sem supervisão.
- Movimentos com rotação de joelho, como pivôs rápidos.
- Cargas elevadas em exercícios que causam dor durante a execução.
O que colocar no lugar
Trocar o estímulo certo reduz a dor e mantém o condicionamento. Comece leve e progrida de forma gradual. Veja algumas dicas:
- Caminhada em terreno plano, tempo controlado e cadência confortável.
- Bicicleta ergométrica com selim ajustado para evitar flexão profunda.
- Hidroginástica e natação, pois reduzem o impacto e aliviam a sobrecarga.
- Fortalecimento guiado para quadríceps, glúteos e core com cargas moderadas.
- Mobilidade e alongamentos suaves para recuperar a amplitude sem dor.
Posturas e hábitos a cortar já
Algumas atitudes parecem inofensivas, mas somam estresse ao joelho ao longo do dia, como:
- Subir e descer escadas carregando peso.
- Agachar para pegar objetos quando é possível aproximar-se com apoio.
- Ficar com o joelho muito dobrado por longos períodos em cadeiras baixas.
- Levantar-se bruscamente sem apoio de mãos e pés bem posicionados.
Sinais de alerta para pausar e reavaliar
Interrompa a atividade e procure orientação quando notar:
- Dor que não cede em minutos após o esforço.
- Inchaço que aparece no mesmo dia ou no dia seguinte.
- Travamento ou sensação de falseio durante a marcha.
- Calor local e perda de mobilidade nas horas seguintes.
Rotina segura para o dia a dia
A minha recomendação enquanto ortopedista especialista de joelho é montar uma semana com treinos curtos e regulares:
- Combine caminhada plana, bicicleta ergométrica e sessões de fortalecimento com exercícios multiarticulares leves.
- Inclua pausas ativas no trabalho.
- Ajuste a altura da cadeira e mantenha os pés bem apoiados.
Essas escolhas protegem o joelho e reduzem crises.
FAQs
Quem tem artrose no joelho pode agachar?
Pode, desde que o ângulo e a carga não causem dor. Evite agachamento profundo sem supervisão e priorize amplitude confortável.
Correr é proibido para artrose no joelho?
Evite corrida em fases dolorosas. Em casos estáveis, só retome com avaliação e progressão cuidadosa, preferindo superfícies macias e distâncias curtas.
Qual calçado ajuda quem tem artrose no joelho?
Modelos com solado macio, boa estabilidade do retropé e palmilha anatômica. Saltos altos e solas rígidas aumentam impacto e devem ser evitados.
Quantas vezes treinar por semana?
Três a cinco sessões curtas funcionam bem para manter força e mobilidade. Ajuste volume e intensidade conforme resposta da dor e orientação profissional.