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    Cirurgia de menisco vale a pena?

    Dr. Ulbiramar CorreiaBy Dr. Ulbiramar Correia08/05/20255 Mins Read
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    Cirurgia de menisco vale a pena
    Cirurgia de menisco vale a pena
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    A cirurgia de menisco é um procedimento que frequentemente gera dúvidas em meus pacientes.

    Como ortopedista especialista em joelho, percebo que muitas pessoas chegam ao meu consultório ansiosas, questionando se a cirurgia de menisco vale a pena e quais são as alternativas disponíveis.

    Neste artigo, abordarei os principais aspectos relacionados ao tratamento das lesões meniscais, desde o diagnóstico até a recuperação, apresentando dados científicos atualizados.

    Essa informações podem ajudar na compreensão de quando a intervenção cirúrgica é realmente necessária e quando outras abordagens terapêuticas podem ser mais adequadas.

    Entendendo o menisco e suas lesões

    O menisco é uma estrutura fibrocartilaginosa em forma de “C” que atua como amortecedor e estabilizador entre o fêmur e a tíbia.

    No joelho, temos dois meniscos: o medial (interno) e o lateral (externo), sendo o medial geralmente o mais lesionado por ser menos móvel e mais suscetível a impactos durante traumas.

    Em minha experiência clínica, observo que as lesões meniscais ocorrem principalmente através de traumas, como entorses, sendo comum em atletas e praticantes de atividades que envolvem movimentos de rotação do joelho.

    Os sintomas mais frequentes incluem dor localizada, inchaço, rigidez, sensação de travamento e dificuldade para movimentar a perna.

    O diagnóstico preciso é fundamental e geralmente realizado através de exame físico detalhado e exames de imagem. A ressonância magnética (RM) é considerada o método preferencial de diagnóstico, conforme recomendação da Associação Americana de Cirurgiões Ortopédicos (AAOS).

    Quando a cirurgia de menisco vale a pena?

    Esta é a pergunta que mais recebo em meu consultório. A resposta não é simples e depende de diversos fatores individuais.

    De acordo com as evidências científicas atuais, a cirurgia de menisco vale a pena principalmente nas seguintes situações:

    1. Lesões sintomáticas instáveis: Quando o rasgo meniscal causa bloqueio mecânico do movimento ou travamento do joelho.
    2. Pacientes jovens com lesões traumáticas: Especialmente em lesões extensas onde a preservação do menisco é crucial para prevenir complicações futuras.
    3. Lesões reparáveis: Em casos onde a sutura meniscal é possível, principalmente em rasgos na região periférica vascularizada do menisco.

    Um estudo conduzido na Universidade de São Paulo com 400 pacientes demonstrou que a meniscectomia artroscópica apresenta bons resultados em mais de 80% dos casos de lesões meniscais traumáticas.

    No entanto, é importante ressaltar que o consenso atual entre especialistas é preservar ao máximo o tecido meniscal, sobretudo em pacientes jovens.

    Técnicas cirúrgicas e taxas de sucesso

    As abordagens cirúrgicas para lesões meniscais evoluíram significativamente nas últimas décadas. Em minha prática, utilizo principalmente duas técnicas:

    Reparação meniscal

    A sutura do menisco é realizada quando o objetivo é preservar a estrutura. Uma meta-análise recente envolvendo quase 4.000 pacientes mostrou uma taxa de falha de 14,8% nas reparações meniscais.

    Outro estudo revelou taxas de sucesso de 83% (intervalo de confiança: 77%-89%).

    Meniscectomia parcial

    Quando a reparação não é possível, opto por remover apenas a porção danificada do menisco que causa sintomas. Esta abordagem minimiza as complicações a longo prazo associadas à remoção total.

    A artroscopia é o procedimento de escolha, pois é minimamente invasivo e permite melhor recuperação do paciente.

    São realizadas pequenas incisões de aproximadamente 5mm, resultando em cicatrizes quase imperceptíveis.

    Alternativas à cirurgia: quando o tratamento conservador é preferível

    Em meu consultório, sempre avalio criteriosamente se a cirurgia de menisco vale a pena para cada paciente específico.

    Um estudo randomizado com acompanhamento de 5 anos demonstrou que a fisioterapia baseada em exercícios não foi inferior à meniscectomia parcial artroscópica em pacientes com lesões degenerativas do menisco.

    As evidências científicas indicam que o tratamento conservador deve ser considerado principalmente em:

    • Lesões degenerativas, especialmente em pacientes acima de 40 anos.
    • Lesões periféricas estáveis que não causam sintomas significativos.
    • Pacientes com artrose associada.

    Riscos e complicações: o que considerar antes da cirurgia

    Todo procedimento cirúrgico envolve riscos, e é meu dever informar aos meus pacientes sobre as possíveis complicações. Entre os riscos da cirurgia de menisco estão:

    • Trombose venosa profunda (TVP).
    • Infecção, especialmente em pacientes com baixa imunidade.
    • Fístula sinovial, quando há vazamento de líquido pelo orifício cirúrgico.

    Por outro lado, não operar quando há indicação também apresenta riscos. Estudos mostram que após a remoção completa do menisco, 95% das pessoas desenvolvem algum tipo de problema cartilaginoso.

    O risco de desenvolver artrose é de aproximadamente 20% para remoção do menisco interno e 40% para o menisco externo.

    A importância do acompanhamento especializado

    Em minha experiência de mais de 15 anos tratando lesões meniscais, observo a importância de consultar um ortopedista para avaliar se a cirurgia de menisco vale a pena, já que a decisão deve ser individualizada.

    Com base na minha prática, realizo uma análise minuciosa da lesão, considerando:

    • Tipo e localização da lesão.
    • Idade e nível de atividade do paciente.
    • Presença de lesões associadas, como ruptura do ligamento cruzado anterior.
    • Sintomas e limitações funcionais.

    É importante que os pacientes busquem atendimento médico ao notarem sinais como dor persistente, inchaço, travamento do joelho ou instabilidade, permitindo um diagnóstico precoce e tratamento adequado.

    Conclusão

    A cirurgia de menisco vale a pena sim em casos específicos, particularmente em lesões traumáticas instáveis e em pacientes jovens.

    No entanto, as evidências científicas atuais apontam para uma abordagem mais conservadora em lesões degenerativas, priorizando a fisioterapia e o tratamento não-cirúrgico.

    Como ortopedista, meu objetivo é sempre oferecer o tratamento mais adequado a cada paciente, considerando não apenas a lesão em si, mas também suas expectativas, estilo de vida e objetivos.

    A decisão sobre realizar ou não a cirurgia deve ser compartilhada entre médico e paciente, baseada em evidências científicas e na análise individualizada de cada caso.

    Se você apresenta sintomas de lesão meniscal, recomendo buscar a avaliação de um especialista em joelho.

    Somente após um diagnóstico preciso e uma análise criteriosa será possível determinar se a cirurgia de menisco vale a pena para o seu caso específico ou se outras abordagens terapêuticas podem ser mais adequadas.

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