Quem pensa em operar quer clareza, sem rodeios. Saber quais são os riscos da cirurgia de prótese de joelho ajuda a decidir com segurança, preparar o corpo e reconhecer os sinais de alerta no tempo certo.
Preparei um guia direto, baseado na minha prática clínica, sobre complicações possíveis, prevenção e cuidados para uma recuperação consistente.
Como a cirurgia de prótese de joelho funciona
A artroplastia substitui superfícies danificadas da articulação por componentes metálicos e polímero de alta resistência.
O objetivo é tirar a dor, alinhar o membro e devolver função. Entender o básico ajuda a interpretar quais são os riscos de cirurgia de prótese de joelho e por que cada cuidado do pré e do pós tem um motivo clínico claro.
Quais são os riscos da cirurgia de prótese de joelho
Riscos imediatos (até 60 dias)
Logo após a cirurgia, o foco é estabilizar o paciente, proteger a ferida e começar a reabilitação. Entre as complicações possíveis, destaco:
- Sangramento e hematoma, que podem exigir drenagem ou ajuste de medicação.
- Infecção aguda da ferida ou da articulação, geralmente por germes da pele, com dor crescente, vermelhidão, calor local e febre.
- Trombose venosa profunda e embolia pulmonar, reduzidas com deambulação precoce, meias compressivas e anticoagulante prescrito.
- Complicações anestésicas e clínicas em pessoas com comorbidades.
- Lesão nervosa ou vascular ao redor do joelho, quadro raro, que requer avaliação imediata se houver dormência persistente, fraqueza ou palidez do membro.
- Rigidez articular por dor e inflamação, evitada com mobilização guiada e fisioterapia precoce.
- Problemas de cicatrização em fumantes, diabéticos sem bom controle glicêmico ou em quem tem déficit nutricional.
Nessa fase, a pergunta “quais são os riscos da cirurgia de prótese de joelho” se traduz em um plano simples: controlar a dor e inchaço, caminhar cedo, proteger a incisão e seguir as doses do anticoagulante sem falhas.
Riscos tardios (após 2 meses)
- Infecção tardia hematogênica (bactérias vindas da corrente sanguínea se alojam na prótese). Picos de dor com calor local e febre pedem consulta rápida.
- Soltura e desgaste dos componentes, com dor mecânica e sensação de instabilidade aos esforços.
- Osteólise e perda óssea por partículas de desgaste, mais comum após anos.
- Instabilidade e mal alinhamento, percebidos como falseio, estalos dolorosos ou insegurança ao descer escadas.
- Fratura periprotética após queda ou trauma.
- Hipersensibilidade a metais em indivíduos predispostos, com dor e inflamação sem causa clara.
Ao entender quais são os riscos da cirurgia de prótese de joelho no longo prazo, fica mais fácil aderir às revisões periódicas e aos ajustes de treino para poupar a articulação.
Sinais de alerta que exigem avaliação
- Dor que piora em vez de melhorar.
- Inchaço assimétrico, vermelhidão intensa ou calor no joelho.
- Febre sem outra causa aparente.
- Ferida que abre, drena secreção ou tem odor.
- Falta de ar, dor torácica ou tosse súbita (emergência).
- Falseio recorrente, perda de força ou dormência persistente.
Reconhecer cedo esses sinais encurta o caminho entre a causa e o tratamento, reduzindo complicações.
Como reduzir riscos no pré-operatório
Um checklist prático antes da data ajuda muito:
- Controle de doenças crônicas (pressão, diabetes, tireoide) com metas acordadas.
- Parar de fumar e reduzir álcool, melhorando a cicatrização.
- Otimização nutricional com ingestão adequada de proteínas e micronutrientes.
- Fortalecimento prévio de quadríceps, glúteos e panturrilhas para facilitar a reabilitação.
- Exames odontológicos e tratamento de focos infecciosos antes da cirurgia.
- Ajuste de medicações que interferem na coagulação, sempre com orientação médica.
- Planejamento domiciliar para evitar quedas nos primeiros dias.
Cuidados do pós-operatório que fazem diferença
O pós é o terreno onde a prevenção vira resultado. Foque no básico bem feito, como:
- Mobilização precoce e caminhadas curtas várias vezes ao dia, conforme orientação.
- Fisioterapia estruturada, evoluindo amplitude de movimento e força com metas semanais.
- Anticoagulante e meias compressivas pelo tempo prescrito.
- Cuidado com a ferida, mantendo o curativo limpo e observando secreções.
- Gelo e elevação para controlar edema.
- Analgesia programada para permitir exercícios sem sofrimento.
- Ambiente seguro em casa, com apoio para banhos e degraus.
Esses passos respondem na prática quais são os riscos da cirurgia de prótese de joelho que podem ser evitados com uma rotina bem guiada.
Se você quiser saber mais sobre os possíveis riscos de uma cirurgia de prótese de joelho, agende uma consulta para poder explicar mais detalhadamente.
FAQs
Quais são os riscos da cirurgia de prótese de joelho mais citados?
Infecção, trombose, rigidez, dor persistente, soltura e instabilidade. A maioria é rara e pode ser reduzida com preparo e reabilitação adequada.
Como diferenciar dor normal de sinal de complicação?
Dor esperada cede semana a semana. Alerta quando há piora progressiva, febre, calor intenso, secreção na ferida ou falta de ar. Procure avaliação sem demora.
Quem tem alergia a metal pode operar?
Sim, com avaliação prévia e escolha de implantes apropriados quando há histórico claro de hipersensibilidade. Informe sua equipe com antecedência.
Quanto tempo dura uma prótese de joelho?
O objetivo é longevidade de muitos anos. Manutenção do peso, atividade de baixo impacto e revisões periódicas ajudam a aumentar a durabilidade.
Terei que usar anticoagulante após a cirurgia?
Na maioria dos casos, sim, por tempo determinado. A dose e a duração variam conforme o risco individual e a orientação da equipe.
É normal sentir estalos após a prótese?
Pequenos estalos sem dor podem ocorrer. Estalos com dor, instabilidade ou inchaço pedem avaliação para descartar desalinhamento ou desgaste precoce.