Muitos pacientes chegam ao consultório com a seguinte pergunta: “Dr. Ulbiramar quais os tipos de prótese de joelho que existem?” Isso porque querem clareza para decidir.
Neste guia, vou explicar como cada modelo funciona, quando é indicado, como é a fixação e o que esperar de durabilidade e recuperação.
O objetivo é ajudar você a conversar com o seu médico com mais segurança.
Quando falar em prótese de joelho
Indica-se prótese diante de dor persistente por artrose, deformidade, rigidez e limitação nas atividades, mesmo após medicamentos, fisioterapia, infiltrações e perda de peso.
O cirurgião avalia exame físico e imagens para definir se a cirurgia é necessária e qual entre os tipos de prótese de joelho atende melhor ao seu caso.
Como a prótese substitui a articulação
A artroplastia troca as superfícies gastas por componentes metálicos no fêmur e na tíbia, separados por um polietileno de alta resistência. Em alguns casos, existe componente patelar.
A fixação pode ser cimentada, não cimentada ou híbrida. O desenho do implante busca alinhar o joelho e devolver estabilidade, com alívio de dor.
Tipos de prótese de joelho
Unicompartimental: preserva mais tecido
Boa opção quando o desgaste é restrito ao compartimento medial, lateral ou patelofemoral.
Vantagens
- Corte ósseo menor.
- Recuperação mais rápida.
- Sensação de joelho “mais natural”.
Quanto aos limites, exige ligamentos íntegros e alinhamento corrigível.
Entre os tipos de prótese de joelho, esta costuma permitir retorno ágil às atividades leves.
Bi-unicompartimental: solução intermediária
Combina duas parciais quando dois compartimentos estão doentes, mantendo a preservação de tecido e mecânica próxima do joelho nativo.
Requer indicação criteriosa e bom balanceamento ligamentar.
Total de superfície: padrão na primeira cirurgia
É a artroplastia total clássica. Pode preservar o LCP, substituir o LCP ou usar plataforma rotatória para melhorar a rotação tibial.
Atende a maioria dos quadros de artrose avançada. Entre os tipos de prótese de joelho, entrega equilíbrio entre estabilidade, mobilidade e longevidade dos componentes.
Semiconstrita e constrita: quando a estabilidade é prioridade
Semiconstrita é comum nas revisões e em deformidades acentuadas. Aceita hastes, calços e cones para compensar perdas ósseas e reforçar estabilidade, mantendo alguma liberdade de movimento.
Constrita em dobradiça conecta fêmur e tíbia por um eixo mecânico, sendo útil quando os ligamentos não oferecem suporte suficiente, garantindo alinhamento e estabilidade mesmo em falhas complexas. Pode ter menor longevidade quando comparada à total de superfície, dado o maior grau de travamento.
Megaprótese ou endoprótese: indicação oncológica e falhas extensas
Desenvolvida para substituir segmentos ósseos amplos. Tem módulos intercambiáveis e alto grau de constrição.
Figura entre os tipos de prótese de joelho usados em tumores, infecções recidivantes e perdas ósseas massivas.
Fixação, materiais e durabilidade
- Fixação: cimentada (polimetilmetacrilato), não cimentada com revestimentos porosos e híbrida. A escolha considera qualidade óssea e padrão do implante.
- Materiais: ligas de cobalto-cromo ou titânio, polietileno de alta densidade com estabilizantes para reduzir desgaste.
- Vida útil: estudos mostram altas taxas de sobrevivência em 15 a 25 anos, variando por modelo, técnica e perfil do paciente.
Como escolher o tipo de prótese de joelho
Três eixos orientam a decisão: padrão de desgaste, estabilidade ligamentar e qualidade do osso.
- Para doença localizada, a unicompartimental preserva mais.
- Para artrose difusa sem falhas complexas, a total de superfície é ampla.
- Para revisões com perda óssea e instabilidade, modelos semiconstritos ou constritos aumentam a segurança.
Recuperação: o que esperar
- Primeiras semanas: apoio precoce é comum, com auxílio de andador ou muletas conforme orientação.
- Fisioterapia: foco em ganho de extensão e flexão, fortalecimento e reeducação da marcha.
- Atividades: caminhar, pedalar e natação costumam ser liberados gradualmente. Esportes de alto impacto não são recomendados para proteger os componentes.
- Acompanhamento: consultas periódicas e radiografias ajudam a monitorar alinhamento e desgaste.
Você recebeu a indicação de prótese de joelho e ainda tem dúvidas sobre qual tipo é o recomendado para o seu caso? Agende uma consulta para poder explicar as características de cada tipo.
Perguntas comuns sobre tipos de prótese de joelho
A unicompartimental dura menos que a total?
Depende do caso. Em pacientes bem indicados, a unicompartimental apresenta sobrevida elevada e retorno rápido. Em doença difusa, a total de superfície tende a performar melhor a longo prazo.
Prótese cimentada ou não cimentada: qual escolher?
Ambas funcionam. O cirurgião escolhe com base na qualidade óssea, idade, padrão de atividade e no desenho do implante. Em ossos osteoporóticos, a cimentada é frequente.
Quem tem ligamentos comprometidos pode operar?
Sim. Modelos semiconstritos e constritos compensam a falta de estabilidade, com hastes e calços para perdas ósseas. A indicação considera riscos e benefícios.
Existe restrição de atividade após a prótese?
Atividades de baixo impacto são as mais seguras. Corrida e saltos aumentam carga nos componentes. O plano de retorno é personalizado pela equipe de reabilitação.
Quando pensar em prótese de revisão?
Quadros de dor com soltura, desgaste do polietileno, infecção, instabilidade ou fratura periprotética podem exigir revisão. O especialista define o nível de constrição necessário.