Tratamentos e Procedimentos

PRP no joelho: indicações e benefícios

Entenda o tratamento com PRP no joelho: como o plasma rico em plaquetas ajuda a regenerar tecidos, aliviar a dor e tratar lesões.

O PRP no joelho usa plaquetas do próprio paciente para modular a inflamação e apoiar a cicatrização de tecidos.

É uma opção minimamente invasiva que pode reduzir a dor e melhorar a função quando bem indicada e acompanhada por um ortopedista.

O que é PRP no joelho

PRP é a sigla para plasma rico em plaquetas. As plaquetas concentram fatores que participam do reparo tecidual e da analgesia.

No PRP no joelho, esse concentrado autólogo é preparado a partir de uma pequena amostra de sangue e aplicado em estruturas dolorosas do joelho, sempre com técnica estéril e, preferencialmente, orientação por ultrassom.

A decisão deve ser individualizada, com avaliação cuidadosa do histórico, exames e objetivos do paciente.

Como o procedimento é feito

O preparo segue etapas padronizadas para garantir segurança e concentração adequada de plaquetas.

  1. Coleta de sangue venoso em quantidade pequena, definida pelo protocolo.
  2. Centrifugação para separar os componentes e concentrar as plaquetas.
  3. Preparação do material em campo estéril, sem aditivos desnecessários.
  4. Aplicação do PRP no ponto alvo, com agulha fina e, quando indicado, guia de ultrassom.
  5. Observação breve após a aplicação e orientações de cuidados em casa.

Geralmente, o atendimento dura em torno de uma hora. Pode ocorrer desconforto passageiro no local, que tende a ceder com medidas simples e ajuste de atividade.

Para quem o PRP é indicado

A indicação depende do quadro clínico, do estágio da doença e dos objetivos do paciente. Situações em que a técnica pode ser considerada:

  • Osteoartrite leve a moderada com dor e rigidez persistentes.
  • Condropatia patelofemoral e sobrecarga femorotibial iniciais.
  • Tendinopatia patelar e quadros por uso excessivo na corrida ou salto.
  • Lesões parciais de ligamentos e recuperação após artroscopia, conforme protocolo.
  • Dor crônica no joelho com resposta limitada a medidas conservadoras.

O PRP no joelho não substitui a reabilitação bem conduzida. Treino de força, mobilidade e controle de carga seguem centrais para resultado consistente.

Benefícios esperados

Estudos sugerem melhora de dor e função em parte dos pacientes, com potencial de reduzir uso de analgésicos e adiar procedimentos mais invasivos.

A resposta é variável e depende do diagnóstico, do preparo do concentrado e do plano de fisioterapia.

Riscos, efeitos colaterais e segurança

Por ser autólogo, o risco de alergia é baixo. Efeitos esperados incluem dor reativa, inchaço e rigidez nas primeiras 48 a 72 horas.

Complicações como infecção são raras quando há técnica estéril e triagem adequada.

  • Contraindicações comuns: infecção ativa, febre, distúrbios graves de coagulação, uso de anticoagulantes sem ajuste médico, doenças sistêmicas descompensadas, neoplasias ativas.
  • Cuidados especiais: revisão de medicamentos, hemograma recente, ambiente adequado para preparo e aplicação.

Como se preparar e o que fazer depois

  • Antes: confirme com o médico a suspensão de anti-inflamatórios, mantenha boa hidratação, faça refeição leve e chegue com antecedência.
  • Depois: gelo por curtos períodos no dia da aplicação, redução de carga por alguns dias, retorno progressivo às atividades e início ou continuidade da fisioterapia.

O PRP no joelho funciona melhor quando inserido em um plano global que inclui fortalecimento, controle de peso e educação em dor.

Número de sessões e expectativas realistas

Protocolos variam de uma a três aplicações com intervalo de duas a seis semanas. A melhora costuma aparecer entre quatro e doze semanas e pode durar alguns meses.

Reavaliações periódicas ajudam a medir o ganho funcional e planejar os próximos passos.

Caso você tenha ficado com alguma dúvida e saber se o PRP se aplica ao seu caso, agende uma consulta para uma avaliação mais detalhada.

FAQs

PRP no joelho regenera cartilagem?

Não há comprovação de reconstrução completa de cartilagem. O objetivo é reduzir dor e melhorar a função dentro de um programa de cuidado.

Quantas sessões de PRP no joelho são necessárias?

Protocolos comuns indicam uma a três aplicações. A decisão considera diagnóstico, resposta clínica e metas do paciente.

PRP no joelho dói?

Pode haver ardor breve na aplicação e dor reativa por até 72 horas. Analgesia simples e ajuste de carga costumam resolver.

Quem não deve fazer PRP no joelho?

Pessoas com infecção ativa, distúrbios de coagulação, câncer ativo ou doenças descompensadas. A triagem médica define a elegibilidade.

PRP no joelho substitui fisioterapia?

Não. O tratamento potencializa os ganhos quando combinado com fortalecimento, mobilidade e educação terapêutica.

Dr. Ulbiramar Correia

Ortopedista especialista em joelho Goiânia. Membro titular da SBCJ (sociedade brasileira de cirurgia do joelho), SBRATE (sociedade brasileira de artroscopia e trauma esportivo) e da SBOT(sociedade brasileira de ortopedia e traumatologia). [CRM/GO: 11552 | SBOT: 12166 | RQE: 7240].

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